segunda-feira, 16 de maio de 2011

Howl

Diretores: Epstein e Friedman
Ano: 2010




Howl retrata uma fase do poeta Gingsberg, após o lançamento da sua obra homônima - Howl, quando foi acusado de obscenidade. Na verdade o processo foi movido contra o dono da editora que o publicou e o filme se desenrola entre os diálogos no Tribunal, um relato do próprio Gingsberg acerca da sua obra, seguida de reflexões sobre a repercussão da mesma, e cenas da sua própria vida. Entre estes pontos, partes de Howl são declamadas, seguidas de animações que transpõe a letra escrita para a linguagem visual.

Sem sombra de dúvidas, as animações merecem um destaque especial. O trabalho foi de Erick Drooker, que em parceria com os diretores Esptein e Friedman, deram ao filme um toque surreal, ouso dizer.



Gingsberg foi um dos expoentes da geração Beat norte-americana, fruto de uma sociedade que queria ser perfeita, esmagando as ambivalências. Mas estas, uma hora ou outra acabam vindo à tona, e com ferocidade. No caso de Gingsberg, sua homossexualidade foi o centro da sua pluralidade e, por isso, seu grito. Talvez em virtude isto sua poesia tenha uma conotação tão sexual, por ter sido o ponto de ebulição da sua divergência.

James Franco como Gingsberg também fez um excelente trabalho, principalmente nas cenas em que faz as reflexões sobre a obra. Parece que estamos de frente com o poeta, a pensar cada palavra dita, refletindo, sem roteiro.

No mais, vale o destaque para o fato de ser a primeira ficção dos diretores Esptein e Friedman, diretores do documentário The Celulloid Closet, de 1995.




3 comentários:

  1. engraçado que eu tô MUITO longe de ser cinéfila, mas quando leio aqui fico doida pra ver os filmes que você comenta hahaa :*

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  2. Minha linda! Estou muito feliz de poder ler seu blog novamente. Já estava com saudades e me lembro da primeira vez que acessei essa página, e que só fez com que eu me apaixonasse mais ainda por você!
    Me senti presente num verdadeiro recital de poesias, sem falar do prazer que me dá poder assistir belos filmes ao seu lado!

    Lindo filme!

    Palavras sinceras de um mero aprendiz :)
    Te amo!

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  3. Boa análise, minha filhota. Tony é um populista do amor. Hehehe

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